"REFUGIADOS"
Lampedusa, uma pequena ilha ao Sul da Sicilia, eh a primeira parada, pra nao dizer, a porta de entrada, de todos refugiados provenientes da Africa. Por ser a primeira terra firme em territorio italiano, eh ali que chegam milhares de refugiados, todos os dias, basta que o mar o permita no raiar da primavera, comecando assim, o exodo africano rumo a terra prometida chamada Europa.
Conflitos armados, perseguições políticas, religiosas e étnicas, a que se juntam brutais catástrofes físicas e naturais, têm provocado milhões de mortos e cortejos intermináveis de populações em fuga por todo o mundo. A maioria destes dramas podiam ser evitados, outros nem tanto, embora quase sempre pudessem ser reduzidos o número de mortes. Uma coisa é certa o panorama a nível mundial é assustador.
A tentativa de extermínio de povos inteiros chegou até aos nossos dias, sendo justificada quase sempre pelas mesmas razões de sempre: conquista de territórios e apropriação das suas riquezas, conflitos religiosos, tribais ou raciais, escravização de povos, etc.Milhares de africanos morrem todos os dias à fome, mas o seu drama pouco atenção já provoca nas antigas potências coloniais que as exploraram durante séculos. Um drama que se repete em vastas regiões da Africa, Ásia e da América Latina.
No alvorecer da primavera, inicia a "peregrinacao" dos que se aventuram em precarias embarcacoes e pagam caro aos "coiotes" do mar e muitos nao chegam ao destino, pois sao engolidos pelas aguas nessa travessia.
Quando fui morar na Italia em 1988, esse "fenomeno" ja acontecia em serie. Em alguns bairros de determinadas cidades como Brescia, por exemplo, os marroquinos alugavam um apartamento de dois comodos e ali se instalavam umas dez pessoas e aos poucos tomavam o predio, o Bairro e com isso a desvalorizacao dos imoveis era inevitavel, pois ninguem queria morar proximo aos "vu cumprah", que significa "voi comprare".Nessa epoca todos, sem ecxecao, trabalhavam de ambulantes, vendendo suas "quinquilharias" e produtos falsificados de grandes marcas, hoje em dia, muitos deles receberam anistia, exilio, cidadania e um trabalho "decente".
Com o passar do tempo, muitos outros foram chegando, filipinos, colombianos, albaneses, chineses, russos, indianos e recentemente, libios, sirios, egipcios e outros. Nos últimos três anos, o número de refugiados que acorreram à Europa aumentou de forma brutal revelando as crescentes desigualdades que assolam o mundo.
Quando voltei em 2006, a coisa estava bem mais seria, a grande maioria se instalou nas periferias dos grandes Centros e nao tendo emprego pra todos, comecaram a se formar gangues de todo tipo, trafico de drogas, exploracao da prostituicao, cobradores de propinas para com os seus "paisanos", um terror...!
Nas grandes cidades turisticas como Viena, Barcelona, Madri, Roma, Veneza, Pisa, Milano entre outras, nao se pode facilitar com as bolsas, pois quem toma conta desse "busines", sao criancas ciganas, geralmente vindas do Leste da Europa.Os chineses por sua vez, tem uma importacao silenciosa de imigrantes, ninguem sabe como chegam, as criancas que nascem e os que morrem, simplismente nao deixam registro, um verdadeiro misterio!
Em tempos de imigração massiva dos países mais pobres para os mais desenvolvidos, como os que integram a União Europeia, multiplicam-se os estudos e as publicações sobre as rotas da escravatura entre o século XV e finais do século XIX. Neste imenso negócio em que participaram as grandes potências coloniais europeias da altura (Portugal, Inglaterra, França, Espanha, Holanda, etc), muitos milhões africanos foram vendidos como escravos para trabalharem não apenas na Europa, mas sobretudo nas colónias europeias do outro lado do Atlântico.
Sob a lei da União Europeia, o país onde os imigrantes chegam é responsável por determinar o seu status. A Itália defendeu que não deve suportar o peso dos recém-chegados sozinha apenas por estar tão perto do norte da África. Em uma entrevista, o ministro do Exterior italiano, Franco Frattini, criticou a França por sua "falta de solidariedade" depois de o país ter devolvido mais de 500 imigrantes para a Itália assim que eles foram pegos tentando cruzar a fronteira entre os países.
É uma declaração política para a França: "Você quer começar a guerra na Líbia? Nós vamos lhes entregar os imigrantes".
Esperamos que essa indignacao dos europeus, nao venha a se espalhar em forma de terror, como mostrou o caso dramatico que ocorreu no pacifico pais nordico da Noruega na semana passada, o jovem Breivik, de 32 anos, que matou 91 pessoas, afirmou que agiu sozinho, em um manifesto xenófobo, anticomunista e contrário ao islã e declara "guerra de sangue" contra imigrantes e marxistas e acusa o islã de ser "a principal ideologia genocida" e fala de lançar uma cruzada contra o "marxismo cultural". O mais incrivel, eh que esse lunatico foi apoiado por alguns politicos italianos e franceses...justo eles...!
Eh meus caros, chegou a vez de retribuirem essa hospitalidade forcada...chupem essa manga, se lambusem e nao reclamem...e se o planeta resistir por mais algumas decadas, teremos tambem os refugiados do clima...dai meus irmaos, so JESUS NA CAUSA!!!
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